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18/02/2018

i pretend to be cute, you pretend to believe




eu tenho dois diários de viagem pra colocar aqui e alguns anos de atraso, eu sei. tenho um coração esquisito, vazio, cheio de sentimento que ele nunca vai entender e a vida tem me mostrado uns caminhos estranhos demais, tanto que eu vim parar aqui. era refúgio, não era? então é disso que preciso. acho.
eu teria que falar das pessoas para que isso fizesse mais sentido. mas eu não sei se devo... eu fico feliz quando elas saem da minha vida, algumas é um favor que me fazem. eu tenho sido mais severa com relação às minhas escolhas pessoais sim. depois de tanto tempo, me coloquei como a pessoa mais importante da minha vida. foda-se, eu penso. mas dói tanto ser eu mesma, dói tanto não querer mais. eu ando sozinha pelas ruas, eu crio meus caminhos, eu faço de conta que me perco e então me encontro. são os pequenos prazeres do meu dia e isso, ah isso é tão bom! eu entendi que esse respiro só eu posso dar, que esse momento só eu posso viver... entrar na livraria da vila, folhear algo, sorrir para o moço e ir embora... me lembra a ana que lia livros de arte em dois mil e sete na livraria da fnac da paulista, antes de atravessar e ir pro cursinho perder meu tempo, mas que eu era tão feliz, tão eu, tão leve. hoje o peso das relações e dos deveres me consome como uma areia movediça que me puxa cada vez mais pra baixo. eu perco o tesão, a hora, a vontade de ir, de ficar, de falar, passo a não me importar se a pessoa existe. não é por mal, juro. talvez seja uma espécie de castigo ou eu apenas acordei. mas sim, um novo ano, uma nova era, dezenas de fins e apenas um recomeço: eu mesma.









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