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29/05/2017

"A vida apenas tem encontros; todo o resto são descoincidências”




Transbordando. Nos livros, no gozo, nas canções que tu não fez pra mim, nas letras eletrônicas que piscam sem dizer o que sentiram, na hora da sessão coruja, na manhã tão cheia de ontem, no dengo, desejo, cafuné, nas cicatrizes do corpo, nos caminhos desenhados pelo tempo, no cansaço, no abraço, na filosofia, naquelas duas palavras imensas que não te disse. Ainda, amor. ~


eu resolvi voltar por que eu ainda não entendi nada da vida fora daqui. porque escrever sempre foi um refúgio pra mim e já que eu ainda não posso ir de vez, eu fico por aqui tentando não me perder. tentando segurar na mão da minha esperança enquanto eu ouço que "we can be heroes, just for one day...." no repeat.

Escolhi voltar pra cá e fazer um caderno desses tantos que eu tenho pra alguma "emergência de solidão" nesses bares tão cheios de corações esquisitos e sorrisos fáceis.
gente como é difícil limpar a poeira e voltar anos depois. mas ainda é bom saber que é meu único lugar de equilíbrio (ou da falta dele). Já que as dores nas costas aumentaram, meu sorriso diminuiu e eu ainda escolho o caminho mais longo pra voltar pra casa. Minha insegurança virou ansiedade, que só um quarto escuro entende e já não existe música que resolva. não existe mesmo.
existia uma doçura? existia. talvez ela esteja aqui. ou não. 

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